quarta-feira, 27 de julho de 2016



Não há nada que faça tanto sucesso quanto o antigo e famoso seriado do Chaves. Criado no México, na década de 70, o programa conta a história de pessoas simples que moram em uma vila e levam suas vidinhas da forma mais comum possível. Mesmo assim, a trama conseguiu conquistar gerações e, até hoje, tem suas temporadas reprisadas em todo o mundo.
Acontece, no entanto, que um suposto mistério envolvendo a vila onde vivem Chaves e os demais personagens foi revelado recentemente e deixou as pessoas um tanto impressionadas.
Veja a análise completa feita pelo site Revista Bula, onde o doutor em História e pós-doutor em poéticas visuais, Ademir Luiz, afirma que a vila onde se desenvolve toda a história se trata de um pedaço do inferno e seus personagens são, na verdade, “pecadores amaldiçoados”, condenados a vagar infinitamente naquele plano. Entenda:

1. Repetições

De acordo com André Luiz, está tudo interligado, indicando a citação subliminar feita por Bolaños, o ator que vive Chaves e que também foi o responsável pelo roteiro do seriado. 

2. Cenário

A análise também aponta outro fator intrigante da trama. O cenário da Vila seria um labirinto super confuso, que conduz a uma rua estreita, que por sua vez, liga o lugar a barbearia, a um restaurante, a um parque ou a uma sala de aula apertada. As exceções dessa interpretação estão em episódios em que eles fogem do comum, como no caso de Acapulco.

3. Personagens

Chaves: O menino seria a representação da gula, por ser insaciável e amar os sanduíches de presunto. Além disso, ele adora se referir ao professor Girafales como “linguiça”, um subproduto da carne de porco, que os costumes bíblicos relatam como suja;
Senhor Barriga: representa a ganância, pois somente alguém muito ganancioso cobraria os 14 meses de aluguel todos os dias;
Quico: o personagem estaria ligado à inveja, uma vez que para ele os brinquedos alheios sempre são os mais interessantes;
Seu Madruga: esse seria é a preguiça. Isso porque ele sempre acha uma desculpa para se livrar dos empregos que consegue e não pagar o aluguel;
Professor Girafales e Dona Florinda: os dois seriam, literalmente, a representação da luxúria. Isso porque os amantes demonstram desejos incontroláveis, apesar de jamais passarem da famosa xícara de café e dos buquês;
Aliás, o especialista explica também porque esse impasse acontece: eles estão condenados a abstinência sexual eterna. Inclusive, a mania do professor Girafales de fumar seu charuto a todo momento representa um hábito ligado ao pós-sexo. Como não há relações com a namorada, só resta a ele fumar para sempre;
Chiquinha: a personagem seria a representação da ira. Isso porque, apesar dos seus esforços, ela não consegue se expressar da maneira que gostaria. Logo, ela tem como recursos o choro e a maldade;
Dona Clotilde: não parece, mas essa seria a vaidade. Ela mora no 71 (7+ 1 é 8, o infinito) e tem como companhia um pet chamado “Satanás”, que ora é um cachorro, ora é um gato. Isso, aliás, seria uma alusão às possibilidade de transformação do demônio.
Jaiminho, o carteiro: esse seria o único personagem representante do mundo dos vivos. Segundo o texto, Jaiminho se trata de um médium e suas cartas seriam, na verdade, psicografias. Ele vive cansado e isso seria a prova de seu esforço ao vagar entre os planos. Assim, sua amada Tangamandápio, se torna uma representação da própria Terra.
Fonte: Fatos Desconhecidos

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